quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Me dá um autrógrafo?

Pois bem, um tema muito interessante e polêmico para dar continuidade ao assunto Profissão de Músico é o chamado Sucesso. Afinal, o que é o sucesso? Para empresas capitalistas o sucesso é obter lucro, para outras, conquistar “market share” (fatia de mercado, ou o percentual de um determinado nicho que esta empresa detém frente às concorrentes), para alguns profissionais, chegar à presidência de uma companhia multinacional, para uma mãe, ver seus filhos crescendo no caminho que ela sonhava e finalmente para alguns músicos, tocar no Teatro Municipal ou no palco do VMB Brasil (premiação da MTV brasileira). Como vocês podem perceber, o sucesso é algo relativo, não existe um objetivo comum a todos nem tão pouco uma fórmula exata para atingi-lo. Mas para não encerrar o assunto no ponto final seguinte, posso adiantar que existem caminhos para trilhar seus “objetivos” que aí sim são mais palpáveis, mais tangíveis e que podem fazê-lo chegar próximo de SEU ideal.

Antes de falar sobre estes tais objetivos, vou falar sobre minha definição pessoal da palavra Sucesso. Vejam bem, não é uma fórmula, pois fórmulas - do inglês “for mula”, se é que me entendem...rs - são caminhos fechados que geralmente não nos ensinam nada, apenas nos impõem uma direção e poupam nosso tempo de raciocínio, uma vez que outros já penaram para passar por determinada situação e com o tempo acabaram “formulando” uma resposta. Mas como eu ia dizendo, minha definição de sucesso é algo assim:

Sucesso = Talento + Sorte + Oportunidade (não necessariamente nesta ordem)

Não vou entrar no mérito de questionar o profissional ou a empresa que obteve o status máximo sem ter um bom produto ou uma qualidade excepcional. No caso dos músicos, não é raro vermos guitarristas que são questionados por não terem a velocidade de outros, ou um cantor que não é tão afinado e mesmo assim estampa as capas de diversas revistas... só não podemos esquecer que o talento é apenas um dos fatores responsáveis pelo “Sucesso”. O mais importante mesmo é que antes de questionar o talento de outro ou os motivos pelos quais determinados artistas são mais ou menos “sortudos”, você deve pensar no SEU objetivo, em que ponto ou degrau da carreira você quer chegar? Não adianta sonhar em ser um músico que estampa capas de revista e tem 1 milhão de cópias vendidas sem pensar no preço que deve-se pagar por isso. Uma carreira de “sucesso” é algo maior do que seu gosto pessoal. Estar na mídia é entrar em uma indústria que cobra alto por resultados. E nesse ciclo vicioso “mídia x resultados”, talento nem sempre é a variável mais importante. Marketing Pessoal, Relacionamentos Profissionais, Disponibilidade, Disciplina e Profissionalismo são fatores milhares de vezes mais relevantes para estar em uma posição de destaque na mídia. Nos próximos posts, irei abrir cada um dos temas acima citados e fazer sua devida analogia em relação à carreira de músico e ao status desejado afinal, quem disse que estar na mídia é o sonho de todo músico? Quantos Músicos da Noite (leia mais no post 1, 2, 3 e...) almejam apenas ter sua agenda lotada? Quantos Side Man ficam fora dos holofotes durante toda a carreira, mas mesmo assim estão realizados profissionalmente?

Aguardem o próximo post e vamos entender melhor os caminhos que tornam um músico profissional mais competitivo, com agenda lotada, em contato com produtores e bandas. E já vão pensando na seguinte pergunta:

Devo apenas tocar o que gosto ou devo gostar do que toco?

Até mais!

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